Um dos principais usos do FGTS é a compra da casa própria. O dinheiro pode ser usado como entrada no negócio e para reduzir o valor do financiamento com a Caixa.
Existem regras específicas para sacar o FGTS em diferentes ocasiões. Veja em detalhes na reportagem "FGTS: veja diferentes formas para sacar o seu dinheiro no fundo". A seguir, conheça as normas para usar o fundo na hora de comprar um imóvel.
Compra ou financiamento
- O FGTS pode ser usado para quitar o valor total de um imóvel ou como entrada
- O valor do imóvel a ser adquirido deve ser inferior a R$ 1,5 milhão
- O comprador precisa ter pelo menos três anos de carteira assinada (consecutivos ou não) e não pode ter outro financiamento ativo no SFH (Sistema Financeiro de Habitação)
- O interessado não pode ser dono de outra residência na cidade onde pretende comprar o imóvel
Abatimento da dívida
Após financiar um imóvel, o saldo do FGTS fica zerado. Mas, desde que continue empregado pelo regime da CLT, o trabalhador continuará recebendo o benefício e volta a ter dinheiro no fundo.
O valor acumulado durante os 12 meses seguintes ao financiamento pode ser usado para amortizar parte da dívida, adiantando parcelas. Após 24 meses, é possível usar o FGTS para abater parte do saldo devedor.
Para que o FGTS não pode ser usado?
- Comprar imóveis comerciais
- Comprar terrenos para construir casas
- Comprar casas para familiares, dependentes ou outras pessoas
Como fazer o saque do FGTS?
O saque imobiliário é feito ao assinar o contrato de financiamento. O trabalhador que deseja usar o FGTS para comprar o imóvel deve solicitar o saque ao agente financeiro, que comunicará à Caixa.
O agente financeiro é a instituição que o trabalhador usará para fazer seu financiamento. Por exemplo, bancos, consórcios ou companhias de crédito imobiliário, por exemplo.
Assim que autorizado, o valor entrará direto na conta do vendedor. Ou seja, é repassado diretamente para o agente financeiro e não cai na conta do trabalhador.
Devo deixar alguma quantia do FGTS guardada?
O fundo deve ser usado de uma vez para amortizar a dívida. A recomendação é do advogado Guilherme Feldmann, especialista em direito imobiliário. Segundo Feldmann, FGTS é corrigido pela TR (Taxa Referencial) e tem rendimento abaixo do financiamento imobiliário, que pode chegar a 10%, atualmente. Ou seja, deixar o dinheiro parado no fundo não compensa.
Usar o máximo possível do fundo também é a recomendação de Roberto Vertamatti, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). "O FGTS deve ser 100% usado para amortizar a dívida. Os juros imobiliários são maiores do que os juros e dividendos recebidos no FGTS."
Fonte: UOL